segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

um dia!


um dia tu estarás sozinho, fecharás os olhos e tudo estará negro, os números dos teus contactos passarão claramente a tua frente e tu não terás nenhum para falar. a tua boca vai tentar chamar por alguém, mas não há alguém solidário o bastante para sair a correr e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar os teus cabelos até que o mundo pare de girar. nesta fracção de segundos, quando os teus pés se perderem do chão, tu vais te lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil. virão súbitas memórias dos abraços e beijos, da minha preocupação contigo, e só vais ter algumas músicas repetidas no teu rádio: as nossas. talvez um dia perguntes: onde está aquela rapariga, que gostava de chorar? talvez ela não gostasse de chorar, mas gostasse de ti. talvez nunca te tenha esquecido, apenas tentou viver sem te ter. não digo nada sem ter algum sentido, tudo que digo, sempre está activo para levar as pessoas a mensagem que quero passar, se tu não entendeste, um dia vais entender, mas não com palavras, e sim com a realidade do mundo.
ly, j@

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