sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


Eu sou tua. Inteira. Inteiramente tua! Mas, de verdade, metade de mim não aguenta mais esta esperança. Vens, não vens. Vês e mostras, vês e escondes. Vais, vais, vais, vens, vais, vais, e não vens. Vens, vais, vais, e vens. E que tal ficares de uma vez? Sem partidas seria melhor. Não queres, queres. Sou eu, é outra em vez de mim. Fica! Só fica! Comigo, sem mais. Dói, pois eu não sei se te espero ou se vou embora. Se te abro a porta ou não abro. Se te entregue ou não o meu coração. São incertezas… Incertezas, meu amor, que tu me poderias responder. Não sei por que não o fazes. Outra incerteza! Tu és assim: incerto. Sempre foste. Mas eu… Ah, eu. Que importa? Se eu falasse dos meus desejos… Ai, se eu falasse! Mas quem iria querer ouvir? Quem iria ler estas frases, que para outro alguém, podem parecer palavras em vão? Quem iria? Oh, ninguém. Tu; tu que eu queria que lesses já não lês. Mas eu sei que nenhuma pessoa neste mundo precisa de ler estas linhas para saber que te amo. Sabe-se ao longe… Sente-se ao longe! Pois eu amo-te de uma maneira inexplicável, mesmo com tantas incertezas presentes no nosso «nós»

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