domingo, 24 de março de 2013


Tenho saudades da pessoa que eras à uns tempos. Da pessoa que fazia de tudo para estar ao meu lado, que não ligava se alguém nos via juntos nem se não. Que de vez em quando me roubava um beijo quando menos estava à espera, afinal o que nós tinhamos não se comparava a nada. Quando agarravas em mim e estavamos juntos all nignt long, sem compromissos, sem vontade de ir para casa porque estavas cansado, sem segundas intenções. Eu estava contigo para esquecer um outro alguém, tu estavas comigo para me o fazeres esquecer e para eu me apaixonar por ti. E olha, dou-te os parabéns, porque conseguiste. Tínhamos uma relação (se é isso que lhe posso chamar) de confiança, falavamos de tudo. Sempre me falas-te dela, sem problemas, nunca me mentiste quando estavam juntos, tinhas tempo para mim todos os dias da semana. O que mudou agora? As coisas tornaram-se tão mais sérias que agora é que andas a fugir? Agora que eu sou capaz de fazer tudo por ti é que tu não consegues fazer o que quer que seja por mim? De quantas vezes fui eu quem teve de ir falar contigo, e pedir-te desculpa por coisas de que nem sequer tinha culpa, por coisas que têm a ver comigo e com o meu feitio e sou incapaz de controlar. E tudo porque sou incapaz de viver sem ti. Tenho-me sujeitado a coisas a que nunca pensei que algum dia fosse sujeitar-me por quem quer que fosse. Nunca na minha vida imaginei a passar-me por uma situação como esta, e por muito que digas que gostas de mim, palavras são levadas pelo vento. Sei cada vez melhor que ambos temos idade para ter juízo - e eu tenho tido cada vez mais desde que estou contigo. Mas irei sempre ter, entre outros, um grande defeito: nunca irei conseguir afastar-me de pessoas que amo por muito mal que elas me fassam. Enquanto um de nós não ganhar juízo as coisas iram continuar sempre assim, ou cada vez pior .. O que eu mais temia que acontecesse acabou por acontecer. Tu deixaste de te importar connosco e eu, apesar de a muito custo, estou prestes a deixar de me importar contigo também. Nós estamos nas tuas mãos, e já não é de agora. Não achas que está na altura de fazeres algo quando a isto? I mean, quanto a mim? Estás mesmo disposto a deixar-nos ficar por aqui?

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