A pior (ou melhor) parte é que eu não consigo. Não
consigo desistir de nós. Nem quando estou irritada, nem quando tu não dás a
minima importância, nem quando tu merecias que o fizesse. Eu não consigo ir
embora. Porque mesmo que tente convencer-me que devia ir, o meu coração
aperta-se e impede-me. Porque mesmo que eu tente pensar que sou forte para
aguentar, eu sei que estou a enganar-me. Lá no fundo
sei que me lembraria de ti, a cada gesto ou palavra. Que me lembraria de ti
quando precisasse de chorar. Quando precisasse de um apoio. Quando visse um
casal na rua. Quando visse um sorriso de pura felicidade. Quando quisesse
sentir que valho algo, quando precisasse de mimo. Porque estou tão habituada a
ter-te no meu pequeno mundo e não o imagino sem o teu abraço. Porque sei que
quando precisar de alguma dessas coisas, me vou lembrar logo de ti. Mesmo que
queira negá-lo. Mesmo que em alguns momentos precise de espaço para respirar
sozinha. Mesmo que eu diga que chega, que não volto mais, eu volto. E é uma
promessa do meu pequenino coração.
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