Não adianta olhares para o telefone mil vezes durante um minuto – isso não vai fazer com que a pessoa te ligue. Não adianta esperares ouvir o bater da porta, se sabes que a pessoa, pelo menos por agora, não vai chegar. Não adianta correres até ao outro lado da cidade, se tens a perfeita noção de que esse alguém não vai estar lá, do outro lado. Não adianta chorares para te certificares de que ainda vives, sem a tua “vida”, ou para teres a certeza de que a pessoa ainda vive em ti e está presente, pelo menos em cada lágrima. Mas é complicado, porque o telefone parece tocar de minuto a minuto, mas é ilusão; parece que ouves alguém bater na porta, mas são as saudades; do outro lado da cidade avistas alguém, mas não é quem tu querias – é só uma pessoa parecida à tal pessoa. Calma, aguenta, supera. Ninguém fica para sempre, mas também ninguém se vai para sempre. Eu te garanto.
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