Não sei para que lado
hei-de virar-me. Não sei o que hei-de fazer. Ou o que foi que fiz de errado.
Tiraram-me o chão uma vez mais. E não, depois de tantas quedas, eu ainda não
aprendi a levantar-me. Era bom, não era? Cairmos, e reerguermo-nos como que
renascidos das cinzas logo a seguir. O que eu não dava para o fazer. Para cair
de ténis, e levantar-me de saltos. Levantar-me como sendo alguém um pouco menos
sensível do que antes, um pouco mais anti-mágoas. Eu sei que te prometi que não
vinha para casa a bater com a cabeça nas paredes, mas não fazes ideia de como
estou. Á imenso tempo que não estava assim, á imenso tempo que só sabia sorrir
feita parola, e sabes porque? Porque sei que te tinha do meu lado, porque sei
que todas as noites ia poder abraçar-te, e poder dar-te um beijo. Não sei o que
aconteceu, não sei o que te fez ficar confuso, mas se a culpa disso foi minha
desculpa. Eu preciso de ti e á muito que não sentia que estava a perder alguém
e olha, tive que sentir isso logo contigo. Estou cansada disto. Tão cansada e
tão sem forças.
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