terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Era amor. Sempre o foi. Por mais que fugisse, por mais que tentasse negar, aquela forte sensação de carinho mútuo corria-lhe no sangue. Era-lhe humanamente imposto este sentimento. Chegou, marcou a sua vida, foi embora. Mas tudo o que é bom, acaba por voltar sempre. E então, voltou. Desta vez, tinha a esperança de não voltar a passar por tal mágoa, tinha medo de não conseguir suportar o vazio que entoava na sua alma, como antes o fez, receio de não encontrar forças, essas que estão inevitavelmente sem vida. Mas o seu amor pediu-lhe mais do que ela tinha para dar, e ela cedeu, sem pensar duas vezes. Porque o amor é instantâneo, e não sabemos como e quando ele acontece, mas quando vem, ele faz-se sentir na memória por longos prazos. E aquela rua, em que ambos passaram momentos surreais, parece estar em todos os recantos. Ambos a encontraram, e deixaram o seu corpo e o seu coração seguir aquele caminho. Sabes aquela sensação, que te sentes pequenina e segura, como quando estás no colo de alguém? Naquele pequeno lugar a segurança pairava no ar. E nem olhando para trás, eles juntaram-se, eles provaram do seu amor, com um tom amargo, com algum receio, com questões que preferiram ignorar.. Por que iriam explicar algo, se o que sentem não é algo explicável, mas sentido? Só eles o sabiam, o guardavam. Como podem dizer que não há histórias intermináveis, se nem o que está sobre nós, diante dos nossos olhos, tem limite? Atingiram o ponto mais alto das suas vidas. Foram felizes, nada importou onde foi, como foi, quando foi... Eles ficaram apaixonadamente unidos. O foco era o que sentiam um pelo outro, nada mais era digno de ser levado a sério. Eles brincavam, eles riam, eles choravam por dentro, com vontade de não sair dali. Eles tornaram-se um, e mais fortes do que algumas vez o foram.

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