domingo, 5 de maio de 2013

Estou confusa. Não sei o que aconteceu. O que foi que fiz de errado. Dei-te o melhor de mim. Ou, pelo menos, foi isso que sempre tentei dar-te. Talvez não tenha sido o suficiente. Querias mais? Porque não mo pediste? Eu podia ter mudado, sabes? Por ti, eu tê-lo-ia feito sem pensar duas vezes. E é tão estranho dizê-lo assim, desta forma, como se nada fosse. Ainda para mais agora, depois de tudo o que me disseste e fizeste. Depois de ter percebido que não o merecias. Aliás, que tu não me merecias. Ainda assim, aqui estou eu a tentar perceber onde foi que errei. Tu interessaste-te por mim, e fizeste com que também eu me interessasse por ti. Por esta mesma ordem. Foste tu quem me quis primeiro. Nunca te cansaste de me tratar bem, e sempre tiveste a maior das paciências para o meu feitio complicado. Não houve um único dia que fosse em que me tivesses dito que "logo falamos amanhã" porque não tinhas tempo para mim. Tu estavas ali como se sempre ali tivesses estado, e não havia nada nem ninguém que me soubesse tão bem. Comecei a depender de ti para ter um sorriso na cara. E nunca deveria ter deixado as coisas chegarem até esse ponto. Talvez tenha sido esse o meu maior erro. Ou talvez até mesmo o único. Ainda que não to dissesse, adorava-te. Adorava-te demasiado para alguém de quem ainda conhecia tão pouco. De uma forma ou de outra, eu já te via como o meu porto de abrigo, o meu porto seguro, algo que podia tomar como garantido. Sentia que era mútuo, e que ainda que ninguém o dissesse tínhamos o que era preciso para dar certo. Nunca antes me havia enganado tanto, não é? Era a única que estava a pensar com o coração, a viver-nos a cem por cento.. Era a única que se havia entregue a nós com tudo o que tinha. Porque foi que não o fizeste como deste a entender que estavas a fazer? Não é suposto os beijos na testa serem sinónimo de respeito? Porque me deste tantos se nunca me respeitaste? Alás, respeito? O que é isso para ti? Se há coisa de que me orgulho é de nunca te ter iludido, e de sempre ter posto as cartas todas em cima da mesa. Disse-te desde logo que não era uma pessoa fácil de lidar. E o que foi que tu fizeste depois de tantas dificuldades ultrapassadas? Desististe de mim. Tudo bem que nunca me prometeste o que quer que fosse, nem nunca fizemos tão pouco quaisquer planos para um futuro em conjunto, mas sei lá. Doeu. Claro que doeu. Durou pouco tempo, mas foi tão intenso. Habituei-me a ter-te por perto, e aprendi inclusive a fazer-te sorrir. Pensei que isso tivesse valido de algo. Isso, e os nossos muitos mimos. Os mil e um abraços que tu me davas só porque sim, e as festinhas que eu te fazia quase a toda a hora. Cada uma das vezes em que me pediste que te olhasse nos olhos e cada uma das vezes em que me recusei a fazê-lo porque, podia ainda não estar apaixonada por ti, mas já estava apaixonada pelos teus olhos verdes. Sempre me disseram que as atitudes valem muito mais do que as palavras, mas afinal.. Fizeste com que começasse a duvidar de cada uma das muitas frases feitas que andam por aí. Estou perdida. Ponho tudo e mais alguma coisa em causa. E isso não é de todo justo.  E eu, posso até ser pequena e tudo mais, mas se há coisa que não sou é uma qualquer boneca.

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