segunda-feira, 14 de maio de 2012
Eu achava bonita essa coisa dos olhos mostrarem o amor que
nós sentimos pela outra pessoa. Eu escrevia textos sobre isso. Como assim os
olhos vão mostrar que eu amo alguém? Eles brilham, mesmo? Enfim, eu não sabia
que era assim tão bonito, em algumas situações. Na minha, por exemplo. Há
tantos exemplos por aí, tantas histórias iguais ou parecidas às minhas, eu sei, mas
eu insisto em escrever sobre os clichês que são meus e, na verdade, dos outros
também. Eu achava bonito, mesmo, até que te conheci. Mais precisamente: até que
te amei. Eu amo, sim. E os meus olhos não podem mostrar isso. No outro dia, o
nosso amigo, perguntou-me se eu te
amava. Meu Deus, eu fiquei sem saber o que responder. Eu não o amo e eu não te
amo, são as frases que eu mais repito, ultimamente. E então, foi isso que eu
respondi. Eu-não-o-amo. Tal como digo que não te amo, encarando-te, mesmo
sabendo que tu sabes tão bem quanto eu que sim. E ele, com um sorriso disse:
coloca-te na frente de um espelho, pensa nele e olha para os teus próprios
olhos – eles brilham. Quando cheguei a casa, por mais inútil que pareça, eu fiz
isso mesmo. E sabes? É verdade. Eles brilham.
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