Todos nós encontramos alguém para amar. Se não
todos, quase, quase todos. É fácil apaixonarmo-nos, mas complicado é a pessoa gostar
de nós, também. Mais complicado ainda, é gostar de nós, digamos, “à mesma
medida” – se bem que isso no amor não existe. Mas, no fundo, é verdade. Há, por
aí, aquele clichê de que há sempre alguém que ama mais, que gosta mais e que,
no fim, se fode mais. Ama e depois sofre, sofre, sofre, sofre e continua a
sofrer. Sofre o dobro do que amou. É complicado encontrar alguém que seja como
nós. Que nos ama como nós amamos. É complicado encontrar alguém que não minta,
que não finja, que não diga “talvez”, quando tudo o que nós queremos dizer é
“sim”. Há muita gente incerta, mas também, claro, há gente com a certeza do que
quer; e essas pessoas não são impossíveis de encontrar, esperemos. Porque,
sinceramente, é por gente assim que vale a pena continuar. Nós reclamamos. Eu
própria, agora, estou a reclamar do mundo. Mas se o fazemos, é porque já
sofremos, porque já doeu (e não foi pouco). Contudo, olhando para trás,
lembra-te do que já fizeste. Muitas escolhas erradas que prejudicaram alguém
que te amava, certo? Já disseste “talvez” a quem te disse “sim”, não foi? Com
certeza, por isso eu digo: é complicado. Muito complicado.
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