Hoje quando fui falar contigo estavas com aquele ar de que estavas ali por obrigação, porque tinha sido eu a pedir-te para estarmos juntos para falarmos. Sabias perfeitamente o que te ia dizer, era uma coisa mais que lógica .. Saí de casa com o coração a mil e a pensar que não ia ter coragem alguma para te dizer tudo o que tinha planeado em casa, mas a verdade é que disse. Que nada do que se passou foi o correspondido ao que tinha pensado. Disse-te tudo o que tinha a dizer, tudo o que pensava e sentia e sabes, no fim senti-me bem. Apesar de estar com medo de piscar os olhos com medo que as lágrimas caíssem  sim porque eu estava quase a chorar mas o teu abraço, que não sentia à semanas, fez-me perceber que no fundo e depois de tudo tu continuas a querer o melhor para mim. Fui ali para saber o que queres de mim na verdade e não era suposto termos acabado aos beijos e a rir da situação. Como tu dizes e com toda a razão nós não conseguimos ficar chateados um com o outro, mas e agora, como é que estamos? Tu não sabes e eu muito menos sei.. Mudas-te todas as certezas que tinha antes de me teres abraçado, antes de me teres dado o beijo que eu tinha a certeza que ia mudar desde logo as minhas certezas. Estas semanas que tivemos afastados porque segundo o que me disseste tiveste ocupado fizeram-me bem e mal ao mesmo tempo. Fizeram-me mal por ter sentido tantas saudades tuas, por ter andado todos os dias a olhar para o telemóvel constantemente para ver se tinha recebido alguma mensagem tua. Por outro lado fizeram-me bem pois fui-me habituando a não te ter sempre por perto como até então me tinha habituado. Estava a começar a ser forte em relação a ti e a habituar-me a não te ter por perto. E agora, o que é suposto fazer? O que é suposto sentir e como é suposto estar? Não estou disposta a passar por tudo outra vez. Se for para ficar melhor que o que estamos, então tudo bem, eu continuo a estar a teu lado como estive até aqui. Se for para ficarmos como estamos ou piores, digo-te desde de já que desisto..