Não
sou do tipo de pessoa de correr atrás de alguém. Mas se o fizer, é porque
a pessoa é importante para mim. E se o é, eu ganho ciúmes da
mais pequena coisa que se aproxima dela. Tenho saudades, sim, mas não
olho para trás, porque a vida segue o seu rumo em frente... O mundo está
errado. Não falta amor, falta amar. O amor existe e é mais simples do que
pensamos. Isto não são meras palavras, são verdades incondicionais. Mas ninguém
entenderia, por isso guardei para mim. Fiz mais do que podia, mais do que
aquilo que me cabia fazer, e agora pergunto, valeu a pena? Sim, vale sempre a
pena quando a alma não é pequena. E, enquanto eu te aconselhar, te apoiar,
ligar, irritar, é porque continuas a ser o Meu
Amor. Mas, quando me resignar ao silêncio das entrelinhas, irás sentir, o
mesmo que eu em tempos senti, uma dor interminável, um vazio escondido, para o
resto da vida. Vais preencher o espaço que foi meu, com a dor da perda, perda
essa que havia sido meramente a tua vontade. Possivelmente não vais encontrar
alguém como eu, alguém que saiba quem tu és, que te valorize por cada gesto,
que te acaricie quando tens frio, te abrace nos dias cinzentos, te
diga as coisas que gostas de ouvir, alguém que deixa saudades quando não está
presente, que te dê a atenção que mereces, que te queira sempre por perto. Mas
irás conseguir, contudo, arranjar outro alguém. Alguém mais belo, para ti. E eu
vou detestá-la mesmo sem a conhecer. E isto, porque vai ser ela a partilhar a
vida contigo, as nossas memórias, essas que nunca morrem. E não eu. E queres
saber porquê? Sou fraca, fácil de me dar por derrotada e a cobardia persegue-me
em cada passagem. Deixei-me apoderar pelo obscuro da vida, e, mesmo sentindo
todos os sentimentos bons dentro de mim, apenas demonstrei a minha pior parte.
Para que assim, me possa esconder. Sabes o que isso é? Tentar ser feliz, e
estar constantemente agarrada a um passado amargo e doce, ao mesmo tempo. Esse,
que deixou marcas, e que enquanto estiver consciente do mundo, me irei lembrar
do mais pequeno pormenor. E, sabes, aquela pessoa que me fez sentir a dor da
desilusão pela primeira vez, a verdadeira angústia, e que, pelo contrário, me
fez viver as coisas mais maravilhosas que a vida nos oferece... Essa pessoa és
tu. Serás digno de ocupar tal lugar? Ao início, achei-te toda a tua pessoa um
mistério, com uma alma e uma energia positiva, uma beleza indescritível.
Não devia estar a dizê-lo mas és o único que pode fazer sentir o coração
apertado, cheio de amor. Cada palavra, cada gesto, pormenor, defeito,
qualidade, era uma marca importante. E tudo isto, me fez uma pessoa melhor.
Porém, não vais achar nada bem, que diga o quanto eu e tu erramos.. E agora,
agora conta até três.. E verás, um cenário semi-preenchido. O que falta, foi, e
não volta mais.. Mas e um dia, um dia vais acordar, como todas as manhãs,
mas com uma simples diferença, e aí perceberás, que perdeste a lua, enquanto
contavas as estrelas.
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